Ele era negro dos pés rachados
Dos olhos amarelados
Ficava ali sentado, inerte
Vendo a realidade que se repete
Seu filho, adotado
Agora era só mais um
mais um corpo deitado
sem pecado algum
Seu crime foi nascer negro
Morar na favela, acordar cedo
para ir para o emprego
Na mochila um agasalho amassado
e alguns poucos trocados
que o condenaram a ser baleado
Nenhum comentário:
Postar um comentário