sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Soneto de Pais e Filhos - XII



Já morei em tanta casa que nem me lembro mais

Dizem que me prendem
para meu próprio bem
que vão me corrigir
me fazer evoluir

Mas de casa de detenção
em casa de detenção
me tornei cada vez mais
um monstro, um vilão

Já perdi a conta das vezes
que me prederam e soltaram
e não admitem que erraram

Em me deixar sair por aí
por não idade para discernir
o que faz mal para mim

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