quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Soneto de Pais e Filhos - XI




Eu moro em qualquer lugar
Se o mundo é de Deus
e sou eu o filho do dono
todo canto é minha casa
este decreto eu proclamo

Não há fronteiras para minha felicidade
não há muros de proteção, não há grade
ainda assim a tristeza não me invade
não me rendo a qualquer vaidade

Sou homem de gostos simples
de vida nobre e justa
de muito trabalho e muita luta

Me chamam de vagabundo
mas nem ligo, ao contrário deles
sei meu lugar no mundo

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