quarta-feira, 20 de julho de 2016
Soneto da Docilidade Inventada
A minha docilidade eu invento
escondo minhas fraquezas até de mim
mesmo querendo chorar, continuo a sorrir
e mesmo não suportando, aguento
Distribuo minha falsa simpatia
em cada esquina, em cada bar
e a despedaço em meu lar
onde não cabe esta hipocrisia
Dando meu melhor a quem não deveria
e quem tanto precisa, e merecia
sobra apenas ira, grosseria
E assim se foram os dias,
semanas, meses e anos
até que não mais aguentamos
Já passei dos 30, sou um bom cristão, tenho esposa, filhos, um bom emprego, e rotineiramente, espalho versos por ai pra tentar manter a minha sanidade.
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