sábado, 30 de abril de 2016

Soneto do Sucomilho

A história começou assim. Comprei um Sucumilho para o Pedro e ele gostou muito, então escrevi um soneto, este soneto abaixo, e publiquei na página do Facebook da Cemil.No mesmo dia recebi esta resposta pela página deles.E dias depois, recebemos em casa uma caixa de sucumilho com várias caixinhas e um mascote pelo qual o Pedro ficou doido de tanto que gostou.






Olha que coisa maravilhosa menino
Esta bebida que papai achou
É suco, e é milho. É Sucomilho!
Dúvido que você já experimentou

A refrescancia do suco
E todo sabor do milho
Vamos lá experimentar
Toma tudo isto aí menino

Que delícia de sabor
Eu gostei e Pedro também gostou
E nem uma gota sobrou

Por favor pessoal da Cemil
Nos dê um estoque desta iguaria
Que dure até o ano três mil

Abaixo a resposta da Cemil





sexta-feira, 29 de abril de 2016

Soneto de Galátas 2:18



Pelo espírito fui renovado
purificado e santificado
mas se volto a fazer algo errado
sou o primeiro a ser prejudicado

Se volto a construir
o que um dia eu destruí
constituo-me a mim
como tentador a mim

Não que seja humano
nunca mais cometer o pecado
e tampouco nunca estar errado

Mas que seja bom caráter
assumir o propósito que fiz para mim
de livre vontade, enfim

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Soneto do Surto



Estou a 5 segundos de pirar
Minha cabeça não vai mais aguentar
Se eu não por pra fora, gritar
Hoje será meu dia de surtar

Corra daqui não quero te machucar
não fique aqui, você não vai aguentar
certamente, minha loucura,
vai acabar com toda ternura

Não há outra opção
Se não surtar
ainda nesta estação

Não vou esperar o inverno chegar
não vou conseguir suportar
Fim. É hora de surtar.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Soneto da Próxima Estação



Tudo acabou tão rápido
e a estação já passou
já não é mais verão
pouco amor restou

Enquanto a primavera
se estende como um tapete
eu paro e penso
como a vida se repete

Cada estação dura
o tempo que lhe cabe
até que seu último dia acabe

Se amor que viveu
com o tempo morreu
agradeça por quando ele nasceu

terça-feira, 26 de abril de 2016

Soneto para a Latina



Moça latina de bronzeado natural
De sensualidade sem igual
Ganhou o mundo com seu rebolado
e me deixou aqui meio abobado

Sempre te vejo tão distante
mas, hoje ainda mais do que antes
invade meus sonhos
me faz querer fazer planos

Mas, moça do meu querer
não foi por acaso
que escolhi lhe escrever

Peço em silêncio uma vez mais
Me dê um de seus beijos
para que eu, enfim, descanse em paz

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Soneto para Alguém que eu Conhecia



Era normal de te ver
te cumprimentar
te abraçar
te beijar

Mas a vida quis que fosse assim
ver tudo terminar
distanciar
tornar-se irreconhecível

Hoje não me reconheço em você
e por vezes esqueço quem já foi
mas você nada fez por merecer

Apenas não te conheço
como já te conheci um dia
e achei que duraria

domingo, 24 de abril de 2016

Soneto da Ingenuidade



Feliz menino ingenuo
que não vê a maldade do mundo
Sorri para todos e para tudo
Na fila do pão ou do cinema mudo

Menino sem maldade
que ama com sinceridade
quem gosta dele
e que o trata com falsidade

Ah menino, fica esperto
que este mundo senil
nunca foi gentil

Desapega de sua ingenuidades
seja homem de verdade
antes que seja tarde

sábado, 23 de abril de 2016

Soneto para a Oriental



Moça dos olhos de gueixa
Se eu pedir você, você deixa?
Sem pudores e sem queixa
Vamos, aproveite esta deixa

Deixa sua pele branca amostra
faça como você gosta
Deixe-me desvendar
cada mistério do seu olhar

Seja minha gueixa oriental
meu sonho mais natural
meu desejo mais transcendental

Apenas um último recado
deixe seus olhos puxados
me guiarem pelo pecado

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Soneto da Maquiagem



Moça, tira a pintura do rosto
deixa eu aprimorar o meu gosto
tira a máscara que lhe encobre
tira este pó cor de cobre

Deixa eu ver sua pele nua
assim como Deus a fez
saia assim pela rua
hoje é seu dia e sua vez

Há tanta beleza no real
naquilo que é natural
naquilo que é trivial

Deixe tantas cores para outro dia
Hoje te quero de uma cor só
sem blush, sem sombra, sem pó

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Soneto para a Bela, Recatada e do Lar



Ela é bela
Ela não é de sair
Ela fez faculdade
Ela se casou com Mi

Ela é recatada
Se veste comportada
Adora cores claras
e evita a capa da Caras

Ela é do lar
como milhões de brasileiras
que não precisam trabalhar

Ela é uma mulher de sorte
Ele é um homem de sorte
Quero ver, a edição sem cortes



Soneto para a Negra




Ah pretinha,
se soubesse como quero
que fosse minha
Deixaria de frescura

Pararia de querer alisar o cabelo
deixaria sua sensualidade aflorar
sairia mais para dançar
não se importaria em eu te olhar

Deixa eu tocar sua pela escura
imune aos pecados do sol
responsável por minha loucura

Ah pretinha,
para de se procurar entre as princesinhas
que comigo você será a rainha


quarta-feira, 20 de abril de 2016

Soneto do Tempo Perdido



Para quem não sabe onde ir
qualquer caminho há de servir
Nunca recebi este conselho
e agora estou aqui

Não tenho a vida que sonhei
nem possuo tudo que desejei
não me considero o mais vitorioso
mas também não acho que fracassei

Esta revolta que me toma de assalto
que me faz querer dar um salto
pro passado, para onde errei

Mas a cada erro que encontro
mais no tempo eu volto
e me revolto

terça-feira, 19 de abril de 2016

Soneto do Rapto



Rápido, rápido
quero ser vitima de um rapto
mas que seja veloz
e devolva a meus avós

Sim, me levem daqui
me joguem por aí
vamos fazer uns saques
e depois me deixem ir

Prometo que não conto a ninguém
quero apenas ser refém
de um jeito diferente

Pois ser refém do que desejo
imploro, procuro e almejo
só alimentou meu autodesprezo

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Soneto do Baile de Máscaras




A máscara escondia seu rosto
mas não disfarçava suas intenções
tornava seu sorriso um mistério
mas deixava escapar suas insinuações

Aquela máscara extinguia com sua timidez
e avançava contra meus instintos
e contra toda a sensatez
mexia também com sua libido

Entre danças e flertes
fomos nos encontrando
nos aproximando

Tudo certo para o fim ideal
Se não fosse por você partindo
sem nem dizer tchau


domingo, 17 de abril de 2016

Soneto do Sonho Recorrente



Tenho um sonho recorrente
nele a gente ainda é a gente
e continuamos nossa vida
de onde ela parou de repente

Tenho um sonho recorrente
em que volto aonde errei
e mudo até mesmo o que acertei
e no fim, estamos contentes

Tenho um sonho recorrente
Mas sempre a realidade me acorda
e me vejo preso a correntes

Correntes que só eu eu vejo
e que me prendem a você
e me impedem de esquecer


sábado, 16 de abril de 2016

Soneto da Dengue



É, fui contemplado
Fui picado
Infectado
Pelo mosquito desgraçado

Corpo mole
Febre alta
Dor nos olhos
e "to de altas"

Acabou a brincadeira
não pra trabalhar
agora é descansar

Cinco dias de atestado
mas ainda consigo rimar
chupa, mosquito safado

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Soneto do Deus Particular


Observo como cada louvor
um mais bonito que o outro
fala cada vez menos do Senhor
e cada vez mais do ouro

Como se um Deus particular
fosse sempre me ajudar
Como se eu fosse merecedor da Glória
e para mim só restasse a vitória

Vejo cada falso louvor
que atendem o anseio dos homens
e menos o que Jesus ensinou

Até quando vão querer
viver nesta vida sem perder
e das promessas do céu esquecer?

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Soneto das Três Horas



São apenas três horas
para que o mundo acabe
Três horas de silêncio
até que o céu desabe

Não estaremos mais aqui
não restará riso ou alegria
nem para você nem para mim
mas era assim que eu queria

Menos de duas horas para o fim
vá embora, não fique aqui
uma hora e vou partir

Adeus, tive que ir
não me espere, não procure
não existe mais nada aqui

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Soneto para as de Cabelo Invisível



Porque não comentar de sua beleza?
O que algumas podem apontar
como sinal de fraqueza,
eu aprendi a admirar

Bem sabemos que eles se foram
não porque queria que fosse assim
Mas eles tiveram que ir
e você ainda está aqui

Amarei sua rosto nu
Ou com adereços de toda cor
branco, vermelho, roxo, azul

Mas, mais que tudo,
amarei a sua história
darei glória, por sua vitória

terça-feira, 12 de abril de 2016

Soneto para Ruiva



Se seus cabelos são como fogo
quero logo me queimar
Sou tímido e retraído
mas isto eu não consigo guardar

Ruivas, como você
carregam algo no olhar
que me deixam a mercê
e a deixo controlar

Levar de mim meus pensamentos
minha sensatez, minha loucura
e todos meus sentimentos

Misturam desejo e paixão
Seus longos fios vermelhos
levaram de mim, toda a razão

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Soneto para a Loira



Por hoje, me resta fazer um apelo
para tocar em cada fio loiro de cabelo
Que tanto brilham por aí
que gostaria que fosse por e para mim

Poder deslizar meus dedos
por este caminho dourado
que alegram mais a vida
como um dia ensolarado

Como não ficar paralisado,
mudo, praticamente sedado,
quando passa ao meu lado?

Sua beleza é tão fascinante
que apenas me pergunto
como não me apaixonei antes





domingo, 10 de abril de 2016

Soneto para a Morena



Morena, daqui te vejo
Daqui te desejo
Daqui tento adivinhar
Até onde vai o seu andar

Seus longos fios de cabelo preto
dançando ao sabor do vento
Se tornam contra-ponto de sua timidez
por isto, tento não olhar, mas apenas tento

Morena mineira que é
Por certo, sabe de seus encantos
e dos meus pensamentos, portanto.

Morena que me faz querer rimar
dançar, cantar, sorrir e amar
Apenas pare, para eu te observar

sábado, 9 de abril de 2016

Soneto da Borboleta



Outro dia no quintal
Vi um casulo pendurado na cerca
Suportando o frio, a chuva e o vento
Para dali sair uma borboleta

Veja só menina linda
Como se aprende com a natureza
Todos passamos por dificuldades
Pode ter certeza

Da lagarta feia e mal humorada
da qual pouco se aproveitaria
Renasce uma criatura iluminada

Por isto, não mendigue por amor
porque quando a lagarta vira borboleta
é que ela descobre o seu valor

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Soneto do Telefone Ocupado




Ontem eu tentei te ligar
mas o telefone estava ocupado
Ao invés de sua voz
Ouvi um "tu tu tu" bem ritmado

Meu coração parou por um instante
por pensar em quem poderia ser
que ocupava o seu tempo
e me impedia de falar com você

Um segundo sem te ouvir
e terminei por concluir
o que não queria assumir

Não era só o telefone
Que me dava razão
Também estava ocupado o seu coração

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Soneto para a moça que não me ama mais



Ela já me amou
Hoje não ama mais
Parece que surtou
Nada a satisfaz

Eu fico aqui sem entender
O que a fez enlouquecer
Deixando de amar
Quem já a fez sonhar

Mas não vou insistir
Se ela não quer mais
Eu não vou olhar para trás...

E depois não adianta chorar
Porque vou embora
Para nunca mais voltar


quarta-feira, 6 de abril de 2016

Soneto do Amor Desperdiçado



Era tão bom para ser verdade
Então não consegui acreditar
Você ainda estava na cidade
Dizendo que iria me esperar

Em toda minha incredulidade
Sorri, desconversei e disse que era tarde
Passei dias relembrando o que me disse
tentando separar o que desejo da realidade

Um sonho de quem sonha só
Ou uma oportunidade perdida?
Apenas uma vida não vivida

Marcante demais para esquecer
Distante demais para se querer
Inacreditável demais para crer

terça-feira, 5 de abril de 2016

Soneto para Ela



Assim decidi: É ela!
Casamento consumado
Sonho realizado
Amor eternizado

O que começou tão inesperado
Com o tempo se tornou previsível
Que todo amor dedicado
Teria desfecho desejável

De tanto amor se fizeram três
Passado mais um tempo
Cresceram outra vez

Prometo mais uma vez
Nada ou ninguém desfaz

O que foi Deus que fez

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Soneto das Sardas



Tão meiga e tão ousada
Assim era aquela menina
Marcada por suas sardas
Que de tão linda me fascina

Poderia passar o dia contando
Manchinha por manchinha
Dando nome às constelações
Descobrindo novas paixões

Mas você insiste em esconder
Para que o mundo não possa ver
O que há de mais lindo em você

Por isto, doce menina
Não esconda suas sardinhas

Deixe-me chamar de minhas

domingo, 3 de abril de 2016

Soneto da Reconciliação



E foi assim: definitivamente adeus.
O ar deixava de chegar ao pulmão
meus dedos não tocavam mais os seus
e ouvia sereno cada batida do coração

Por um momento, aquele silêncio
me roubava de mim, e entregava-me a ti
De mãos beijadas, imobilizado
Uma consequência por ter amado errado

Cada dia após aquele dia
Me atacava, me lembrava, me feria
Não acreditava que este dia chegaria

O dia de ser livre novamente
De recuperar-me dos seus domínios
Para então poder te amar novamente




sábado, 2 de abril de 2016

Soneto dos Jogos



Quando eu era criança
Eu gostava de jogar pebolim,
jogo de bola e futebol de botão
Mas isto, era quando eu era "pequeninin"

Hoje eu sou grandão
Não jogo isto mais não
Jogo de bola ainda tento
Mas sou muito ruim e muito lento

Não que eu seja o pior de todos
mas já sou um tanto idoso
para este jogo perigoso

Mas é que, com meus 90 anos
É difícil correr sem causar danos
para mim ou para meus anjos



sexta-feira, 1 de abril de 2016

Soneto da Óculos



Se te coloco vejo tudo perfeito
se estou sem eles tudo tem defeito
Se são escuros me deixam charmoso
Se são como da Ilze me deixam pavoroso

Mas me acostumei com você
Após conviver tanto tempo
Já pensei em usar lentes de contato
Mas cansei de procurá-las no tato

Já me chamaram de metido
e me acusaram de fingido
Só por de tão longe não ter visto

Mas, pelos óculos sou abençoado
Me ajuda a disfarçar e muito bem
Meus 1% de safado
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